O irmão do meio
8/10
É certo e sabido que já é habitual vermos artistas convidados em álbuns carreira ou em “best of´s” de melhores musicas, a que eu aconselho e, é sempre uma óptima escolha para se conhecer melhor o autor. Dentro dum contexto e dum apanágio geral do nosso panorama musical, é bastante difícil encontrar coisa que se dignifique ou se lhe atribua uma pontuação de 5 estrelas. Agora imagine… Teresa salgueiros com xutos, da weasel e Gabriel o pensador com Carlos do Carmo e Camané, Caetano Veloso com Jorge Palma, entre outros, dentro do mesmo disco! Nesta altura estará a pensar: Isto anda tudo ligado? Claro! Mas só mesmo com a polivalência musical de Sérgio Godinho e num estilo faça você mesmo, temos um álbum incomparavelmente eterno. O irmão do meio reúne artistas de diferentes estilos musicais e sempre apoiados num segmento rectilíneo das suas próprias influencias. Sérgio Godinho conhecido por ser um artista de intervenção, sendo sempre capaz de criticar as noticias do mundo em letras cuidadas e pensadas ao máximo expoente do bom português faz com que a nossa musica não seja apenas genéricos pimba que tentam rimar amor com dor ou frases do tipo; “Estupidamente apaixonado” e “Quem era eu sem ti”. Não quero dizer com isto que não haja quem goste de Sérgio Godinho e Toy ou Tony carreira ao mesmo tempo, mas isso mete me cá uma confusão interna que preferia mesmo que a musica não existisse. Peço desculpa se não concorda comigo e quero que o leitor não leve tanto o peito pois cada um gosta do que gosta e também compreenda que tenho uma vantagem em relação ao leitor, vantagem essa sendo eu poder escrever estas linhas. Para quem gosta de Godinho, este disco e indispensável na colecção, tanto pela forma como é tocado como pela forma de termos um leque de artistas variados em apoio ao nosso irmão do meio, e é desta forma que Sérgio gosta de ser tratado pelos artistas.