Um Amor Infinito
9/10
Não é de hoje a minha paixão pelos Madredeus e nostalgicamente recordo um concerto em que estive presente. Já lá vão três, quatro anos talvez, que assisti na antiga Fabrica Balsense, bem no coração da linda Cidade de Tavira a um concerto memorável. Sítio místico e misterioso, que apesar tamanha degradação ruinosa, não se abateu com a voz de Teresa Salgueiro e o engenho de Pedro Ayres Magalhães, mas sim pelo contrario, encheram aquele espaço morto que se tornou eternizado na minha memória. Lembro que “os dias de Madredeus” já lá vão, e que hoje esse, é só de uma voz única e de uma guitarra magica, que na sua junção encantou o outro lado do mundo e nos levou além fronteiras. Coisa única na pouca mas boa musica por cá fabricada. É rara uma banda Portuguesa encher estádios, coliseu, ou espaços impróprios para espectáculos. É rara uma banda levar o nome do nosso país tão longe, e é de louvar também a forma como enfeitiçaram o globo, ou então tocar no Vaticano a pedido de sua Santidade, coisa inédita até agora alcançada por uma banda portuguesa. É certo que já lá vão mais de dez álbuns e todos eles nos rejubilam a alma de serem todos simbolicamente perfeitos mas deixo um apelo especial para um dos meus álbuns preferidos, “ Os dias de Madredeus “ escolho este porque foi cantado e gravado à capela e daí a imponência da perfeita voz de Teresa que para muitos não passa de uma voz lírica com sotaque a fado mas sinceramente é muito mais do que isso. “Um amor infinito” é certamente aquele que tenho por eles e por este disco extraordinário.